Atualmente o mundo produz mais objetos de plástico do que nunca, concretamente 500 milhões de toneladas de acordo com o Greenpeace. Muitos desses objetos são plástico de uso único, como garrafas, sacolas, pratos, etc. Tais resíduos, ao serem descartados, podem terminar em um aterro ou, eventualmente, serem reciclados. O problema é que os dados sobre reciclagem, segundo indica esta ONG, não são muito animadores: de todo o plástico produzido em âmbito mundial até hoje, apenas 9% foi reciclado, contra 12% que foi incinerado e 79% que terminou em aterros ou diretamente no meio ambiente.
FAUNA
Nos últimos 30 anos, mais de 1,1 milhão de tartarugas foram mortas ou traficadas. Só na última década foram aproximadamente 44 mil por ano, em 65 países ou territórios. Cerca de 44 das 58 maiores comunidades de tartarugas marinhas do mundo foram atingidas. Entre as espécies mais exploradas estão as tartarugas-verdes (56%), e tartarugas-de-pente (39%). Entretanto, apesar dos números alarmantes, a pesquisa também verificou um declínio de 28% na exploração ilegal desses animais na última década, contrariando as expectativas dos cientistas.
PESCA
A pesca intensiva pôs 14% dos tubarões de profundidade e de raias em risco de extinção. Muitas espécies de tubarões que vivem em profundidade e raias estão em risco de extinção por causa da pesca, de acordo com um novo estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science. O trabalho, que analisou a evolução da vulnerabilidade à extinção de 521 espécies destes vertebrados marinhos, mostra que 14% estão em riscos de extinção.
Sustentabilidade Marinha
Mar limpo, futuro sustentável.
LIXO MARINHO
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
ESPÉCIES EM EXTINÇÃO
ÁREAS PROTEGIDAS
PRÁTICAS DE PRECAUÇÃO
PROJETOS A DECORRER
Atividades
Um pouco do nosso percurso este ano letivo
8 de novembro de 2024
MadIT
Organizado pela Região Madeira da Ordem dos Engenheiros e aberta à sociedade em geral, o MadIT 2024 teve como convidados Elvira Fortunato, Hélder Sousa, Joana Mendonça, Jorge Buescu, Vanessa Cesário e Teresa Gonçalves Lobo. Um painel inspirador de “contadores dehistórias” que partilharam histórias de vida e inovação, conhecimento e criatividade, nas áreas da ciência, da engenharia, da tecnologia, da cultura e das artes.
24 de março de 2025
Oficina Educamedia
O programa EDUCAMEDIA Assenta na vertente "Educação para os media” e apresenta-se como veículo de promoção da inclusão social e exercício da cidadania, procura melhorar a qualidade do ensino nas escolas e a qualidade de vida das comunidades nas quais se insere. Com a oficina pretendeu-se promover o Madeira Curtas, através de momentos teóricos e práticos, os alunos desenvolveram uma pequena curtametragem com duração de 2 minutos.
20 de maio de 2025
Palestra: Energia Nuclear na era das alterações climáticas
No dia 20 de maio, pelas 10h00, na Sala de Sessões da nossa escola, o Professor Doutor Bruno Soares Gonçalves proferiu uma palestra subordinada ao tema "Energia Nuclear na era das alterações climáticas". Esta palestra enquadra-se no tema Desenvolvimento Sustentável da Cidadania e Desenvolvimento que os alunos do 12. º ano estão a trabalhar durante este período.
Maio de 2025
Conferência: Cursos da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da UMa
No fim do mês de maio, na Sala de Sessões da nossa escola, realizou-se uma conferência sobre os cursos disponíveis na Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da Universidade da Madeira. A Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia é uma unidade orgânica da Universidade da Madeira, que desenvolve atividades de ensino e de investigação nas áreas científicas de Engenharia Civil e Geologia, Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Informática e Design de Media Interativos, Física, Matemática e Química.
Ano letivo
2024
2025
Sobre nós
Érica Góis
Aluna do 12º07
Catarina Borges
Aluna do 12º07
Somos duas alunas da turma 12º07 da ESFF e realizámos este trabalho no âmbito da disciplina de AIB com o tema de Cidadania e Desenvolvimento sobre Sustentabilidade.
Contactos
LIXO MARINHO
O que é o lixo marinho? Lixo marinho é todo o material produzido pelo ser humano que acaba no mar, seja deixado diretamente ou transportado por rios, esgotos, vento ou chuva. A maior parte é plástico — sacos, garrafas, palhinhas, embalagens, redes de pesca, entre outros. Estima-se que cerca de 11 milhões de toneladas de plástico entrem nos oceanos todos os anos. E os microplásticos? Os microplásticos são partículas de plástico com menos de 5 mm de diâmetro. Podem ser: -Primários: produzidos com esse tamanho (como esfoliantes ou fibras de roupa sintética). -Secundários: resultantes da fragmentação de plásticos maiores, devido à exposição ao sol, sal e movimento das ondas. Estão presentes em praticamente toda a cadeia alimentar marinha, desde o plâncton até aos peixes que consumimos.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As mudanças climáticas, causadas principalmente pelas emissões de gases com efeito de estufa (como o dióxido de carbono – CO₂), estão a provocar um aquecimento global com efeitos diretos nos oceanos. Parte significativa desse CO₂ é absorvida pelos oceanos, o que altera a sua composição química — este processo chama-se acidificação dos oceanos. Impactos do aquecimento dos oceanos: -Degelo polar: Contribui para o aumento do nível do mar e afeta espécies como os ursos polares e pinguins. -Branqueamento dos corais: O aumento da temperatura da água leva os corais a expulsar as algas simbióticas que lhes dão cor e energia, resultando no seu branqueamento e morte. -Migração de espécies: Peixes e outras espécies deslocam-se em busca de águas mais frias, alterando ecossistemas e afetando a pesca. -Alterações nas correntes oceânicas: As correntes influenciam o clima global e a vida marinha; mudanças nelas podem ter efeitos imprevisíveis.
ESPÉCIES EM EXTINÇÃO
1. Tartaruga-de-pente Encontrada nas regiões tropicais de todos os oceanos, golfos e mares do mundo, estima-se que a população da tartaruga-de-pente diminuiu 80% no último século por conta do intenso tráfico de sua carne e casco, além da degradação das espécies de recifes de coral das quais a tartaruga-de-pente se alimenta. 2. Baleia-azul O título de maior mamífero vivo da Terra pertence às baleias-azuis, que podem chegar a mais de 30 m de comprimento e cerca de 200 toneladas. Infelizmente, a caça excessiva resultou em uma diminuição drástica de sua população e agora representa uma ameaça à sua existência, embora uma proibição internacional tenha sido constituída em 1966. 3. Leão-marinho-de-steller Também conhecida como o leão-marinho-do-norte, a espécie encontrada nas frias águas costeiras do Pacífico Norte recebeu o nome de Georg Wilhelm Steller, um naturalista que a descobriu em 1741. Sua população diminuiu mais de 60% devido a ameaças naturais e humanas desde a década de 1960. A predação por orcas e a pesca por conta de sua carne, óleo, couros e outro subprodutos tornam a existência do animal vulnerável. 4. Tubarão-martelo Habitante das regiões tropicais, o tubarão-martelo recebeu o nome por causa do formato de sua cabeça. Ele pode chegar a ter 60 m de comprimento e até 580 kg de peso. Conhecidos como caçadores agressivos, esses animais se alimentam de peixes menores, lulas, crustáceos e polvos. 5. Pinguim-das-galápagos É a única espécie de pinguim encontrada ao norte do equador e reside especificamente nas Ilhas Galápagos. Geralmente, esses animais sobrevivem por 15 a 20 anos e existem menos de 2 mil em estado selvagem. Seus números estão diminuindo severamente devido ao aquecimento da temperatura do mar e ao declínio de suas fontes de alimento.
ÁREAS PROTEGIDAS
O que são Áreas Marinhas Protegidas? As Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) são zonas específicas do oceano onde a atividade humana é regulada com o objetivo de proteger a biodiversidade marinha, restaurar ecossistemas e garantir o uso sustentável dos recursos. Podem variar no grau de proteção — desde áreas de uso controlado até zonas totalmente interditas a qualquer exploração (zonas de exclusão total ou "no-take zones"). Objetivos principais: -Preservar habitats críticos, como recifes de coral, florestas de kelp e zonas de reprodução. -Recuperar populações de espécies sobre-exploradas, permitindo que se reproduzam sem pressão humana. -Proteger a biodiversidade e os serviços ecossistémicos, como a purificação da água e o sequestro de carbono. -Fomentar a resiliência climática dos ecossistemas marinhos. -Promover o turismo sustentável e a investigação científica.
MEDIDAS DE PRECAUÇÃO
A sustentabilidade marinha depende de ações concretas, começando pela redução da poluição. O lixo, sobretudo o plástico, prejudica a vida marinha e degrada os ecossistemas. Evitar descartáveis e tratar corretamente os resíduos são passos essenciais. Outro pilar é a educação ambiental. Informar e sensibilizar a população sobre a importância dos oceanos ajuda a mudar comportamentos e a criar uma cultura de respeito pelo mar. Por fim, a pesca sustentável é fundamental. Respeitar quotas, proteger espécies ameaçadas e usar técnicas seletivas garantem a preservação dos recursos marinhos e o sustento das comunidades costeiras. Cuidar dos oceanos é uma responsabilidade partilhada — e começa com pequenas escolhas do dia a dia.
PROJETOS A DECORRER
A proteção dos oceanos tem motivado várias iniciativas em Portugal e no mundo. Entre os projetos em destaque, está a Sea Shepherd Portugal, que realiza ações diretas de conservação, como a remoção de toneladas de materiais de pesca abandonados no mar. Em 2025, a organização foi apoiada por uma campanha solidária da marca +351, reforçando o seu trabalho de proteção da vida marinha. Outro projeto relevante é a Expedição “Portugal Azul”, liderada pelo explorador Nacho Dean. Esta iniciativa percorre a costa portuguesa com o objetivo de sensibilizar para a importância dos oceanos, através de observação direta, registo científico e ações educativas junto da comunidade. Por fim, o Projeto BioProtect, financiado pela União Europeia, envolve instituições portuguesas como o CIIMAR e o INESC TEC. O projeto foca-se na proteção e restauração da biodiversidade marinha no Atlântico e no Ártico, através de soluções tecnológicas e científicas inovadoras. Estes projetos demonstram como a ação ambiental, a ciência e a educação podem unir-se na defesa dos ecossistemas marinhos.
