Expedição de João G. Zarco

A Primeira Noite no Ilhéu

De acordo com a história tradicional, na sua expedição à Madeira em 1419, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira encontraram refúgio na extensão ocidental de uma baía, onde se situam dois pequenos ilhéus. Foi no ilhéu mais pequeno que puseram os pés na região pela primeira vez, visto que a vegetação na costa da ilha era demasiado densa, erguendo um abrigo provisório e esculpindo degraus na rocha, ainda hoje visíveis. Alguns acreditam ser a fortificação mais antiga do arquipélago que ainda tem as marcas dos esforços iniciais de amarração dos exploradores.

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Porto do Funchal

O Primeiro Cais

Com a prosperidade da colonização, o Funchal emergiu como o principal porto do arquipélago e por isso era a partir dele que se exportavam os bens materiais produzidos na ilha como açúcar, trigo, madeira, carvão e vinho. Para facilitar a carga e descarga destas mercadorias, por meio de carta régia do rei D. José I, deu-se início à construção do porto do Funchal. Nestas obras estava integrada a zona que consistia na ligação do ilhéu da Pontinha a terra, chamado também de Caminho Real, fazia parte de uma rede que ligava a ilha através destes caminhos e embora parcialmente destruído, ainda é visível hoje; a sua construção foi realizada de 1757 a 1762. Foi neste período também que se construiu o Forte de São José, uma edificação militar que se viu precisa devido a vários ataques ao porto por parte de corsários estrangeiros. O porto do Funchal passou a estar munido de dois pontos estratégicos para a sua defesa (Forte de São José e o Forte de Nossa Senhora da Conceição) e um cais para cargas e passageiros.

Sair do porto

Molhe da Pontinha

Expansão do Território

Em 1885 o Forte de São José deu lugar a um estaleiro de obras, servia para abrigar a grua sobre carris a vapor utilizada na construção do Molhe da Pontinha e para armazenar o carvão necessário ao funcionamento da grua. O Molhe viria a ser a muralha e estrada que ligaria os dois ilhéus. Este edifício de grandes dimensões foi erguido sobre o antigo forte, ficando este para sempre descaracterizado. A existência do estaleiro foi curta tendo sido iniciada a sua demolição em 1889 visto que já não era útil, deixando o ilhéu da Pontinha e o antigo forte em ruínas.

Abandonar o Molhe

Século XX

A Venda do Ilhéu

Em 1903 o Estado português vendeu em hasta pública o Ilhéu da Pontinha (lembrando que nesta altura estava em ruínas), a um empresário da ilha. Em 1966 sob a iniciativa da empresa Combustíveis da Madeira, a cobertura da ruina do antigo forte foi-lhes alugada pelo proprietário da altura para a colocação de um sinal luminoso com o nome “GAZCIDLA”, era o maior sinal luminoso da Europa naquela época. Em 1999 o proprietário efetuou obras de melhoramento das condições de acesso à cobertura do que resta da torre, sendo utilizado como miradouro. Em outubro de 2000 o Ilhéu da Pontinha foi adquirido pelo Sr. Prof. Renato Barros por cerca de 40.000 euros.

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Principado

O Território e o seu Regente

No início do ano 2000, Sua Alteza Real, Dom Renato I, um professor de artes madeirense, adquiriu a propriedade do ilhéu da Pontinha Forte São José por cerca de 40.000 euros, com o objetivo de estudar a energia renovável das ondas. Desde essa data, todos os projetos de Dom Renato I foram inviabilizados pelas autoridades portuguesas e ridicularizados pela população. Em novembro de 2007, Sua Alteza Real, Dom Renato I, apresentou um “pedido de desanexação do Principado da Ilha da Pontinha” ao representante do governo local na Região Autónoma da Madeira. Sua Alteza Real, Dom Renato I, havia declarado oficialmente a independência do ilhéu, chamando-o de Principado da Pontinha, tendo-se a si próprio como soberano do ilhéu, com base no facto de que, na altura da venda original, Dom Carlos I tinha publicado uma Carta Régia, emitida ao comprador, que não só lhe concedia a posse do ilhéu como também o domínio sobre ele, abrindo a possibilidade de se desanexar do Estado Português. A 25 de setembro de 2017, a Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve Sua Alteza Real, Dom Renato I e acusou-o do crime de desobediência aos agentes da autoridade, dando início ao processo de ocupação e desapropriação do Forte São José. Sua Alteza Real, Dom Renato I exige que o ilhéu da Pontinha e o Forte São José sejam libertados da ocupação/possessão madeirense/portuguesa com a sua plataforma marítima de 200 milhas náuticas, de acordo com a Carta Régia e Licença originais de 1903. A Carta Régia de 1903 de Sua Majestade, Dom Carlos I já tinha alienado (libertado através de venda) o ilhéu da Pontinha do Reino de Portugal, e assim a Pontinha poderia ser descrita como um “mini” ou “micro” estado.

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Cronologia do Ilhéu

Evolução Temporal

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